1 História

Tenho 120 anos, estranho não? Não pra mim ou pra qualquer outro membro de minha família. Não somos humanos, tenho aparência de mais ou menos 18 anos, cabelos longos, lisos e pretos, pele branca como a neve, olhos que mudam de cor, sou mais rápida que um trem, mais forte do que o aço e mais bela que a maioria das humanas.
Pertenço à raça dos mais perigosos seres predadores de todo o mundo SOU UMA VAMPIRA.
Meu nome é Anica, não sou como os outros de minha espécie, nasci assim, fora eu, todo o resto foi contaminando. Minha mãe é uma vampira que se apaixonou por um humano, um crime para alguém de nossa raça. Ela desafiou a todos para ficar com ele sem ter que contaminá-lo, segundo ela, ele não merecia essa sina.
Eu nasci desta união. Fui considerada ainda na barriga de minha mãe uma ameaça para todos os vampiros, pois podia ser perigosa a eles. Mesmo assim eu nasci, suas suspeitas se concretizaram, eu era diferente dos demais, meu coração batia, o sangue circulava em meu corpo assim como o de um humano. A principio acharam que eu fosse somente humana e não representava perigo algum, se enganaram eu havia herdado a força, a agilidade, a beleza e a sede de sangue dos vampiros. Mais era diferente, podia sair ao sol, pois ele não queimava minha pele como a dos demais. Pensaram que eu fosse mortal, mas quando fiz 18 anos simplesmente não envelheci mais.
Foi aí que perceberam que eu podia ser uma ameaça. Quando eu estava viajando só, me capturaram e tentaram me destruir. Porém a estaca que cravaram em meu peito de nada adiantou, eu a arranquei e o buraco se fechou imediatamente.
Sou a mais forte de todos os de minha espécie e, além disso, indestrutível. Uma ameaça para quem se colocar em meu caminho.
A lua iluminava a floresta ao meu redor.
Eu estava em pé, próximo a sacada do meu quarto e o vento forte balançava meus cabelos.
Alguém se aproximava do meu quarto quebrando o transe em que estava.
– Ok! Angel pode parar de tentar me pegar de surpresa, pois sabe que nunca vai coseguir!
A porta de meu quarto se abriu e lá estava ele. Um rapaz que não apresentava ter mais de vinte anos. Ele era alto de cabelos escuros e pele branca, um rapaz muito bonito.
Minha mãe o havia encontrado quando estava caçando há uns cinqüenta anos. Ele estava congelando quase morto, ela o trouxe pra cá. Em voz baixa ele pediu que ela o salvasse, pois ele estava quase morrendo, então minha mãe sem ver alternativas para salvar aquele rapaz, o transformou em um de nós. E logo depois descobri que ela queria que eu ficasse com ele, fora esse o seu maior motivo de tê-lo transformado em vampiro. Mas eu nunca o quis mais que um amigo ou irmão.
Peguei uma das almofadas em minha cama e lancei contra ele.
– Eh, me diga o que você quer?
– Calma minha vampirinha! – disse ele em um tom sedutor – Sua mãe disse que seus novos documentos já ficaram prontos e que ela já mandou buscá-los.
– A sim obrigada, já vou descer daqui a pouco. Diga a ela.
– Ainda não compreendo por que você e a louca da Melissa querem agir como humanos!
– Sair, conhecer gente... Sinceramente, não é da sua conta!
– Ok! Mas conhecer humanos não acho que valha a pena.
– Já foi! – disse a ele furiosa
– Ta, não está mais aqui quem falou! – disse ele saindo e fechando a porta de meu quarto.
Saí logo em seguida e fui para outra torre do castelo onde ficava mais um dos quartos. Não precisei bater na porta, uma voz de mulher chamou pelo meu nome.
–Anica? Pode entrar! – disse a voz num tom calmo.
Abri a porta do quarto e vi Melissa sentada em uma poltrona ao lado da cama, com o que me pareceu um livro, nas mãos.
Ela era muito bonita, assim como eu, mas tinha cabelos loiros na altura da cintura, pele branca como a minha, mas gélida como a de todos os vampiros. Parecia distraída com o livro que segurava nas mãos.
Ela me fez um gesto para que eu me sentasse em sua cama.
– O que foi Anica? – disse ela num tom habitual.
–Angel te falou que os nossos documentos como a carteira de identidade e a de motorista já estão prontos?– eu disse calmamente.
–Ah, sim eu sei disso. Já até os busquei, estão aqui – ela me mostrou um envelope marrom.
–Que bom! – eu disse com entusiasmo.
– A partir de amanhã seremos humanas normais! – disse ela com o mesmo entusiasmo.
Seria bom passar um tempo longe daquele castelo infestado de vampiros. Era lá que eu havia passado as últimas quatro décadas, só saía algumas vezes quando decidia viajar. Seria mesmo muito bom conhecer novas pessoas, humanos. Uma raça que, a não ser meu pai, morto há mais de setenta anos por outro vampiro, era simplesmente desconhecida para mim.
– Às vezes queria saber no que tanto você pensa – disse ela com curiosidade interrompendo meus pensamentos.
– Ah, nada de mais – disse ainda pensativa
–Será mesmo? – disse ela com desconfiança – Vamos descer, sua mãe está a sua espera lá embaixo – disse mudando de assunto.
Nós nos levantamos e descemos para a sala. Ela era enorme e como sempre infetada de vampiros sanguinários. Eu não me alimentava de sangue humano, era como se meu lado humano não achasse isso certo.
– Olá Anica! – disse minha mãe, ela parecia muito animada. – Divirta-se minha querida, quem sabe não encontra algum vampiro que te interesse? Acho que cem anos é tempo demais pra alguém ficar sozinha!
– Tudo bem, mas... – Melissa me puxou antes que eu pudesse terminar minha frase.
–Vamos dançar Anica, vamos nos divertir! – disse ela pegando um cálice de sangue e me puxando para a pista de dança no meio da sala.
– Quer? – disse ela estendendo o cálice para mim. Peguei e tomei um pouco. Ninguém que morava em minha casa, se alimentava de sangue humano, era uma norma de minha mãe, então, nas festas só era servido sangue de animais.
– E o Angel? – disse ela num tom feliz porém forçado, eu sabia que ela gostava dele.
– Você sabe muito bem que o considero como irmão e além do mais você gosta dele. Eu nunca faria isso! – disse num tom sério
– É por isso que eu te amo amiga! – disse ela alegre com minha resposta.
A noite passava e a Melissa não parava de falar no Angel.Pior era quando alguns vampiros se aproximavam de mim para me cantar. Já era mais de duas horas da manhã quando subi ao meu quarto para dormir, afinal eu era a única que possuía essa fraqueza humana naquele lugar.
O sol começou a nascer e seus raios penetravam pelas janelas do meu quarto.Estava certa de que a grande maioria dos vampiros, que estavam lá embaixo, já teriam ido embora nesse horário, não esperariam que o sol nascesse para partir.
Eu me levantei tomei um banho rápido e me arrumei para ir há algum lugar.
Chega de ficar presa dentro dos muros deste castelo.

Eu observei o sol que brilhava forte e analisei que a Mel não poderia vir comigo, pois eu era a única que podia sair ao sol sem que nada acontecesse, mais isso não tirava a ansiedade de sair daquele lugar.

1 Comentário:

blogger 29 de março de 2010 às 16:18  

mto doido essa historia
vo comprar o livro
boa sorte jessica com o teu lançamento
e q deus te abençoe

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