Vale das Sombras
Sou um ser a vagar pela noite
Presa em meu vale das sombras infinito
Por mais que o vento me açoite
Permaneço condenada a um eterno labirinto
A lua cheia no ceu explandece
Corvos negros voam ao meu redor
O sussurrar do vento me Enlouquece
Duas esmeraldas reluzem no escuro
Ele é o farol que me ilumina
Com sua doce voz em um murmuro
Pareço uma simples menina
Meu coração de pedra entreguei
Àquele que fui ensinada a odiar
O amor por ele não negarei
Mesmo que isso possa me matar
Nova Era
Quando a Luz vira Sombras
A noite toma conta do dia
Não vejo mais vestígios da alegria
A lua minguante resplandece no céu
A rosa vermelha não tem mais cheiro de mel
A felicidade dá lugar a prosperidade
O amor de um povo pela guerra
Faz com que a espada não simbolize
mais paz na terra
O cheiro gostoso de sangue
É trazido pelo vento frio
O amor se esvai por um fio
Vivendo na esperança que a lua crescente
traga consigo uma nova era.
Chagas
A humanidade cresce
Abraçada pelo horror
Aos poucos ela floresce
Em meio a mais profunda dor
Feridas que não cicatrizam
Marcam a nossa história
Homens que se martirizam
em busca da glória
Profundas marcas
jamais serão esquecidas
O povo ainda carrega chagas
Coisas que foram vividas
Medo
Ventos uivam em um cantar de dor
Uma nuvem negra cobre a imensidão do céu
O ambiente perde a cor
Tudo encoberto pelo sombrio véu
Tenho medo de ficar aqui
Tenho medo de ser engolida pelo horror
Mas não sei para onde fugir
Não há lugar onde não haja terror
O chão se abre sobre os meus pés
Uma cicatriz profunda faz a terra chorar
Não sei mais o que quer
O medo que teima em me dominar
Aos poucos vou fechando os meus olhos
Sem esperança de futuro
Com medo de ser engolida pelo vazio
Sou abraçada pelo escuro